Dial P for Popcorn: THE PAPERBOY (2012)

sábado, 19 de janeiro de 2013

THE PAPERBOY (2012)



Estreou em Portugal na última semana de 2012, depois de uma muito badalada estreia mundial na edição de 2012 do Festival de Cannes. The Paperboy, com o brilhante título português "Um Rapaz do Sul", é fogo de vista. Uma capa. Um conjunto de nomes que luzem, mas que não são ouro. Mas tudo isto se explica se olharmos para o homem que decidiu pegar e adaptar o bem sucedido livro de Peter Dexter. Ele mesmo, Lee Daniels, o homem por detrás daquela nódoa negra do cinema chamada Precious. The Paperboy não é tão mau quanto o foi Precious (fazer pior seria crime), mas é dos filmes mais insípidos e incompetentes de 2012.


Paperboy é um filme sobre uma amarga história de amor. Fiquei com curiosidade de pegar no livro, pois acredito que, por detrás deste mau filme, está um livro com conteúdo e interesse. Ward (Matthew McConaughey) é jornalista do Miami Times e decide investigar o assassínio de um famoso polícia na sua terra natal. Determinado a provar a inocência de Hillary Van Wetter (John Cusack), o seu regresso a casa coloca Charlotte Bless (Nicole Kidman) na vida de Jack (Zac Efron), o seu irreverente irmão mais novo, que rapidamente se envolve na investigação de Ward para se aproximar desta mulher fatal.


A história é interessante e, até, rebuscada. Trabalho de Peter Dexter, só. Os erros de Lee Daniels começam logo pela escolha do protagonista. Zac Efron não passa de um azeitolas de olhos azuis. E se o objectivo era fazer dele um b-side de Robert Pattinson (demonstrar que, também Zac, é mais do que um sex symbol das miúdas apaixonadas por posters de parede), mais valia ter ficado quieto. Foi mau para ele. Foi mau para Zac Efron. E foi péssimo para Nicole Kidman, que se viu enrolada no meio desta confusão de ideias e intenções, pior que uma barata tonta, a desfilar vestidos XXS e perucas ressequidas. Salva-se um homem, no meio deste naufrágio. John Cusack. Um papel interessantíssimo enquanto vilão (surpreendentemente bom, inesperadamente refrescante), que traz qualidade, intensidade e acção, a um filme que se arrasta forçado ao longo de todas as cenas. Há ainda um satisfatório Matthew McConaughey (do qual não sou especial adepto) e uma banda sonora consistente e apropriada. E é tudo.



Nota Final: 
C-


Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Lee Daniels
Argumento: Peter Dexter
Duração: 107 minutos
Ano: 2012

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